segunda-feira, 28 de dezembro de 2020

O BUSÃO NOSSO DE CADA DIA

 




No Buso 

O lugar, o transporte , a condução, meio de ganhar o pão 

Que me leva pra la, me traz para cá 

Um sobe e desce sem parar, um vai vem nos corredores 

É vendedor ( baleiro), é  pedinte (muitos estoriadores)   

Não julgo os motivos, isso não

Apenas o que me deixa inquieto o medo do ladrão

De repente ouvir perdeu, perdeu ...  







sexta-feira, 25 de dezembro de 2020

A ESTÓRIA NÃO BATEU

 EITA! QUEM CONTA UM UM CONTO INVENTA UM PONTO.

TÁ PARECENDO ESTÓRIA PRA BOI DORMIR! 

CONTA ISSO DIREITO!

EXPLICA TIM, TIM POR TIM, TIM!

FALA BEM DEVAGARINHO, POIS NÃO ENTENDI. 

ESSA ESTÓRIA NÃO BATEU.

SERÁ QUE O ERRADO NELA SOU EU?

OU FOI VOCÊ QUE ELA  ESCREVEU?

HOJE EM DIA COMO SE CHAMA MESMO ISSO?

AH TÁ É FAKE NEWS. 

"Natal"



 

quinta-feira, 24 de dezembro de 2020

Trecho do poema Mãos dadas de Drummond










 Não serei o poeta de um mundo caduco.
Também não cantarei o mundo futuro.
Estou preso à vida e olho meus companheiros.
Estão taciturnos mas nutrem grandes esperanças.
Entre eles, considero a enorme realidade.
O presente é tão grande, não nos afastemos.

Não nos afastemos muito, vamos de mãos dadas.







quarta-feira, 23 de dezembro de 2020

Verão, assim verão...

 







Daqui eu vejo o Sol que brilha lá fora.

É verão , sim , brilho intenso agora.


Calor, temperatura alta,tudo chama.


Chama , sim , pra sair e nos divertir.


É verão aqui, sim.


Estação quente, cores resplandecentes.


Muita gente, roupas fluorescentes.


Tempo escaldante.


Máscara sufocante.


Daqui eu vejo o solitário, Sol que brilha lá fora.


É verão , sim, mas também , afastado ,tendo cuidado.


Daqui eu vejo...        


sábado, 19 de setembro de 2020

Assim no CHAT






A juventude e o seu vigor, vontade de viver.

Pensamento são tão jovens.

Aqui eu me sentindo acabado e velho.

Me esforçando para retroceder na minha mente

Posso estar incluído nessas crianças ?

Todas as pessoas, mas eu também...

Sempre digo a minha alma nunca poderá saber que meu corpo anda acompanhando o tempo...

Envelhecer, desculpem, é trágico!

Quando jovem ouvi isso de um senhor velho: se prepare para envelhecer...

Mas quem se prepara...mas tem o lado bom...

To procurando.


terça-feira, 15 de setembro de 2020

Uma ladainha pela sobrevivência

Uma ladainha pela sobrevivência

Para aquelas de nós que vivem na beirada
encarando os gumes constantes da decisão
crucial e solitária
para aquelas de nós que não podem se dar ao luxo
dos sonhos passageiros da escolha
que amam na soleira vindo e indo
nas horas entre as alvoradas
olhando no íntimo e pra fora
simultaneamente antes e depois
buscando um agora que possa procriar
futuros
como pão na boca de nossas crianças
pra que os sonhos delas não reflitam
a morte dos nossos;

Para aquelas de nós
que foram marcadas pelo medo
como uma linha tênue no meio de nossas testas
aprendendo a ter medo com o leite de nossas mães
pois por essa arma
essa ilusão de alguma segurança vindoura
os marchantes esperavam nos calar
Pra todas nós
este instante e esta glória
Não esperavam que sobrevivêssemos

E quando o sol nasce nós temos medo
ele pode não durar
quando o sol se põe nós temos medo
ele pode não nascer pela manhã
quando estamos de barriga cheia nós temos medo
de indigestão
quando nossos estômagos estão vazios nós temos medo
nós podemos nunca mais comer novamente
quando somos amadas nós temos medo
o amor vai acabar
quando estamos sozinhas nós temos medo
o amor nunca vai voltar
e quando falamos nós temos medo
nossas palavras não serão ouvidas
nem bem-vindas
mas quando estamos em silêncio
nós ainda temos medo

Então é melhor falar
tendo em mente que
não esperavam que sobrevivêssemos

sexta-feira, 4 de setembro de 2020

Bicicleta

B-I-C-I-C-L-E-T-A
Sou sua amiga bicicleta
Sou eu que te levo pelos parques a correr
Te ajudo a crescer e em duas rodas deslizar
Em cima de mim o mundo fica à sua mercê
Você roda em mim e o mundo embaixo de você
Corpo ao vento, pensamento solto pelo ar
Pra isso acontecer basta você me pedalar
B-I-C-I-C-L-E-T-A
Sou sua amiga bicicleta
B-I-C-I-C-L-E-T-A
Sou sua amiga bicicleta
Sou eu que te faço companhia por aí
Entre ruas, avenidas, na beira do mar
Eu vou com você comprar e te ajudo a curtir
Picolés, chicletes, figurinhas e gibis
Rodo a roda e o tempo roda e é hora de voltar
Pra isso acontecer basta você me pedalar
B-I-C-I-C-L-E-T-A
Sou sua amiga bicicleta
B-I-C-I-C-L-E-T-A
Sou sua amiga bicicleta
Faz bem pouco tempo entrei na moda pra valer
Os executivos me procuram sem parar
Todo mundo vive preocupado em emagracer
Até mesmo teus pais resolveram me adotar
Muita gente ultimamente vem me pedalar
Mas de um jeito estranho que eu não saio do lugar
B-I-C-I-C-L-E-T-A
Sou sua amiga bicicleta
B-I-C-I-C-L-E-T-A
Sou sua amiga bicicleta
Fonte: Musixmatch
Compositores: Antonio Pecci Filho / Lupicinio Morais Rodrigues
Letra de A bicicleta © Universal Music Publishing Mgb Spain S.a, Tonga Ed. Musical Ltda.

terça-feira, 1 de setembro de 2020

A lua ,Ah ! Ah! lua

A lua, resplandecente
A lua, brilhante
A lua, empolgante
A lua , estonteante
A lua, dos adjetivos
A lua, dos amantes
A lua, sem palavras
Simples a lua...

segunda-feira, 31 de agosto de 2020

Setembro

Sol de Primavera

Beto Guedes


Quando entrar setembro
E a boa nova andar nos campos
Quero ver brotar o perdão
Onde a gente plantou
Juntos outra vez

Já sonhamos juntos
Semeando as canções no vento
Quero ver crescer nossa voz
No que falta sonhar


quarta-feira, 29 de julho de 2020

A doce morte


Imagem Congresso Virtual UEFS.




" A morte pode parecer no início um remédio doce e eficaz, mas os seus efeitos colaterais serão permanentes".

terça-feira, 7 de julho de 2020

Gira mundo, gira mente

Enquanto gira o mundo, gira a mente,
Mas mente quem diz: 
Que  gira o mundo e ficamos parados, Pois se a mente está a pensar, então estamos a nos mover. 
Gira mundo , e se move mente.

sábado, 4 de julho de 2020

Só cai do céu...

Cai do céu chuva, meteoro, poeira, resto de satélites e de foguetes. Mas a vida é uma luta constante. Pois até o nosso corpo nos avisa que nossas células estão morrendo a cada dia e o número delas que produzimos é cada vez menor, mesmo assim não para de funcionar. Então lutemos enquanto a força, foco e fé.

segunda-feira, 29 de junho de 2020

Tente ser feliz

Eu tentei ser feliz, mas busquei a perfeição. 
Por isso não encontrei.
Nessa busca em meio ao caminho encontrei:
A solidão, pois me deixaram .
A traição, pois me trocaram.
A falsidade, pois falaram me mentiras.
A inimizade, pois não quiseram a minha companhia.
Outros sentimentos ruins também apareceram. 
Mas tentarei outra vez e sabendo então que o caminho para a felicidade, não inclui a perfeição. 
Tente, tente... 
Mas tente, e tente. 
Perfeita apenas será a vontade de chegar.

quinta-feira, 11 de junho de 2020

Poema As Sem-Razões do Amor

Eu te amo porque te amo.
Não precisas ser amante,
e nem sempre sabes sê-lo.
Eu te amo porque te amo.
Amor é estado de graça
e com amor não se paga.

Amor é dado de graça,
é semeado no vento,
na cachoeira, no eclipse.
Amor foge a dicionários
e a regulamentos vários.

Eu te amo porque não amo
bastante ou de mais a mim.
Porque amor não se troca,
não se conjuga nem se ama.
Porque amor é amor a nada,
feliz e forte em si mesmo.

Amor é primo da morte,
e da morte vencedor,
por mais que o matem (e matam)
a cada instante de amor.

As Sem-Razões do Amor, poema publicado na obra Corpo (1984), foi escrito na fase final da vida do autor(Carlos Drummond de Andrade), que veio a falecer em 1987. 


quarta-feira, 10 de junho de 2020

Por enquanto

Flores,amores, versos, canções...
Alegria, poesia , sabedoria, dia...
Doces, sabores, saberes, diversos...
Gritaria, sombria, disperso...
Vida, sofrida, lida, esplêndida...
Espanto, encanto, canto...
Assim, enfim, fim.
Final ou por enquanto...

terça-feira, 2 de junho de 2020

Nesses dias pelas janelas.


Pela janela do quarto pela janela do carro
Pela tela, pela janela
Quem é ela? Quem é ela?
Eu vejo tudo enquadrado
Remoto controle 
Fonte: LyricFind    Compositores: Adriana Calcanhotto
Letra de Esquadros © Sony/ATV Music Publishing LLC, Tratore

Adriana Calcanhotto - Esquadros

sexta-feira, 29 de maio de 2020

Sol sublime por amor

Durante o dia, passei agitado, horas cansativas, meio estressado.
Mas pra acalentar me,  pensei para que tudo isso, pois esse trabalho sera findado.
Então olho pela janela e contemplo um espetáculo que da valor a vida, mesmo que por instantes tão sofrida.  
Hoje o pôr do Sol, esta lindo, magnifico (coisa de Deus), maravilha só Ele mesmo para fazer obra tão perfeita e sublime.
Mesmo havendo geniais pintores, escritores, inventores, fotógrafos, artistas sejam quem for, nunca serão capazes de criar algo tão belo, que transcende.  
Só o eterno criador Deus, que por linhas certas e cores repletas assim o fez.  
Assim então compreendi que no fim do dia ou da vida tu estarás ali pra me dizer "Acalma-te e contemple , pois foi tudo por você".
       

sexta-feira, 8 de maio de 2020

" A visão da lua pela janela indiscreta "

Da janela indiscreta de onde vejo tudo, mas nem tudo escrevo.
Passam os dias, as noites chegam.
Daqui agora vejo ela , linda, muito bela. Aquela que aos poetas inspira, em prosa e versos, romances e paixão. 
A lua que baila ao longe nos céus. 
E aqui no isolamento, não que esteja cheio de lamento; mas o com o coração cheio de contentamento por a vê  bailar. 
O que neste instante lamento é não estar em meio a rua para ver te  melhor lua.
Mas daqui dessa janela indiscreta como um espião, estou admirando como és bela , vós lá nos céus resplandescente. Linda, linda, bela, bela, grande é a  admiração que sinto,  seleta e crescente. Aqui  nessa Visão da janela indiscreta.

quinta-feira, 9 de abril de 2020

A descoberta do mundo

Jamais esquecerei o meu aflitivo e dramático contato com a eternidade.
Quando eu era muito pequena ainda não tinha provado chicles e mesmo em Recife falava-se pouco deles. Eu nem sabia bem
de que espécie de bala ou bombom se tratava. Mesmo o dinheiro que eu tinha não dava para comprar: com o mesmo dinheiro eu
lucraria não sei quantas balas.
Afinal minha irmã juntou dinheiro, comprou e ao sairmos de casa para a escola me explicou:
− Tome cuidado para não perder, porque esta bala nunca se acaba. Dura a vida inteira.
− Como não acaba? – Parei um instante na rua, perplexa.
− Não acaba nunca, e pronto.
Eu estava boba: parecia-me ter sido transportada para o reino de histórias de príncipes e fadas. Peguei a pequena pastilha
cor-de-rosa que representava o elixir do longo prazer. Examinei-a, quase não podia acreditar no milagre. Eu que, como outras
crianças, às vezes tirava da boca uma bala ainda inteira, para chupar depois, só para fazê-la durar mais. E eis-me com aquela coisa
cor-de-rosa, de aparência tão inocente, tornando possível o mundo impossível do qual eu já começara a me dar conta.
Com delicadeza, terminei afinal pondo o chicle na boca.
− E agora que é que eu faço? − perguntei para não errar no ritual que certamente deveria haver.
− Agora chupe o chicle para ir gostando do docinho dele, e só depois que passar o gosto você começa a mastigar. E aí mastiga
a vida inteira. A menos que você perca, eu já perdi vários.
Perder a eternidade? Nunca.
O adocicado do chicle era bonzinho, não podia dizer que era ótimo. E, ainda perplexa, encaminhávamo-nos para a escola.
− Acabou-se o docinho. E agora?
− Agora mastigue para sempre.
Assustei-me, não saberia dizer por quê. Comecei a mastigar e em breve tinha na boca aquele puxa-puxa cinzento de borracha
que não tinha gosto de nada. Mastigava, mastigava. Mas me sentia contrafeita. Na verdade eu não estava gostando do gosto. E a
vantagem de ser bala eterna me enchia de uma espécie de medo, como se tem diante da ideia de eternidade ou de infinito.
Eu não quis confessar que não estava à altura da eternidade. Que só me dava era aflição. Enquanto isso, eu mastigava
obedientemente, sem parar.
Até que não suportei mais, e, atravessando o portão da escola, dei um jeito de o chicle mastigado cair no chão de areia.
− Olha só o que me aconteceu! – disse eu em fingidos espanto e tristeza. Agora não posso mastigar mais! A bala acabou!
− Já lhe disse, repetiu minha irmã, que ela não acaba nunca. Mas a gente às vezes perde. Até de noite a gente pode ir
mastigando, mas para não engolir no sono a gente prega o chicle na cama. Não fique triste, um dia lhe dou outro, e esse você não
perderá.
Eu estava envergonhada diante da bondade de minha irmã, envergonhada da mentira que pregara dizendo que o chicle caíra
da boca por acaso.
Mas aliviada. Sem o peso da eternidade sobre mim.

06 de junho de 1970
(LISPECTOR, Clarice. A descoberta do mundo – crônicas. Rio de Janeiro: Rocco, 1999, p.289-91)

terça-feira, 7 de abril de 2020

Fragmento poema Dispersão


Perdi-me dentro de mim 
Porque eu era labirinto, 
E hoje, quando me sinto, 
É com saudades de mim. 

Passei pela minha vida 
Um astro doido a sonhar. 
Na ânsia de ultrapassar, 
Nem dei pela minha vida... 

Para mim é sempre ontem, 
Não tenho amanhã nem hoje: 
O tempo que aos outros foge 
Cai sobre mim feito ontem.

(CARNEIRO, Mário de Sá. Obras Completas de Mário de Sá-Carneiro – Poesias. Lisboa: Ática, s. d. v. 2)

domingo, 22 de março de 2020

HOMENS MORREM, IDÉIAS FICAM

HOMENS MORREM, IDÉIAS FICAM.

Morte a noite morte ao dia, a qualquer hora ela pode chegar.
Alerta vida minha, presta atenção para que ela não te pegue desprevenida.
Morte a noite morte ao dia, quem sabe a qual instante?
Mesmo ao longe correr, da onde ninguém o possa ver.
Lugares distantes ela a pode alcançar.