quinta-feira, 8 de outubro de 2015

AS VELHAS ÁRVORES

AS VELHAS ÁRVORES
Olavo Bilac (Carioca, 1865- 1918)

Olha estas velhas árvores, mais belas,
...
Do que as árvores mais moças, mais amigas,
Tanto mais belas quanto mais antigas,
Vencedoras da idade e das procelas...

O homem, a fera e o inseto à sombra delas
Vivem livres de fomes e fadigas;
E em seus galhos abrigam-se as cantigas
E alegria das aves tagarelas...

Não choremos jamais a mocidade!
Envelhecemos rindo! Envelheçamos
Como as árvores fortes envelhecem,

Na gloria da  alegria e da bondade
Agasalhando os pássaros nos ramos,
Dando sombra e consolo aos que padecem!

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