domingo, 18 de abril de 2021

Murais Salvador

 














Arte nas ruas do Comercio em Salvador-Bahia.

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 #artesaiudascavernas

sábado, 3 de abril de 2021

Articular as principais categorias dos pensamentos de Arendt, Foucault e Agamben e, através delas, tentar compreender as novidades do século XXI?

 Eu preciso entender o que está acontecendo em minha volta.

O que acontece passa pelo entendimento do que é política como atividade, nossa valorização de liberdades individuais, dos nossos direitos, dos deveres, do sermos livres, mas a que preço ?

Os indivíduos que foram envolvidos a pensar que política é algo errado, chato e que apenas foram feitos para eleger os seus representantes cumprindo assim os seus deveres em cidadão, recebendo assim em troca os seus direitos à vida. O que me representa, não me sustenta pois sou meu próprio provedor, o que me interessa é viver a minha própria vida. 

A liberdade individual torna-se nesse caso a garantia e proteção deste homem moderno em relação ao seu corpo político do qual ele não faz parte mais ativamente. temos portanto nesse sentido que o século XXI século da Liberdade apenas estamos nos comportando. O que chamamos de quê estamos continuamente a viver, cada qual na sua cada um na sua vida. 

Verificando os conceitos sobre política encontrados em Hannah Arendt, Michel Foucault percebemos que a história dessa era moderna sofreu mutações no sentido da política e também a importância do sentido de vida, que denominada bios, apropriação do Estado,que segundo Foucault não detém sozinho o poder, mas ele é um dos detentores legais a posse dessa vida, exercendo  através do uso da violência muitas objetivo da constituição da sua  política. Para Foucault  não existe mais um poder central agregador baseado na figura do Estado, apenas relações de valores que justificaria essa relação de dominação dos indivíduos, os meus representantes são aqueles que governam sobre mim e eu fico livre para viver a minha vida, assim “um corpo múltiplo com inúmeras cabeças”. Ainda segundo Foucault estas indivíduos foram introduzidas na    produção capitalista e ficaram subordinadas a este poder, que lhe chamam de consumidor em  uma relação de compra, venda,  oferta, procura prendendo assim esse consumidor as suas necessidades básicas e vitais. Além desses indivíduos serem disciplinadas regulamentado em seus processos vitais eles são coagidos a viverem uma vida segundo os instrumentos das mídias da globalização que lhe é imposta.

Controle agora não é exercido mais pelo governo pois não mais algo do Estado mas possui uma nova tecnologia que controla e fiscaliza muitas vezes disciplina esse indivíduo, as novas mídias e seus usos são aqueles que controlam essa individualidade nos corpos direcionando a vida para  aquilo que querem que os indivíduos façam, podemos chamar de um novo  panóptico assim nossa realidade não acontece apenas no real mas o virtual sabendo que sempre terá alguém controlando "o grande irmão tudo vê  ". Tornando muitas vezes esse indivíduo como ser descartável onde a sua vida ou morte é decidida por meio de outro que não me dá o devido valor, que é Arendt chamou de banalidade do mal.

Agora não mais um Estado com base no poder de um soberano, mas são os diversos controladores as diversas instituições que manipula, conduzem, fazendo de tudo para obter sucesso, lucros muitas vezes ilegais, pois o único objetivo é o controle,o domínio detenção do poder. Não mais a guerra, a paixão pelo poder é o que tem destruído as vidas. Todo esse controle e nós ainda estamos achando e somos livres para ir e vir,  somos a todo instante direcionados aquilo que os mercados, os interesses econômicos, os interesses dos grandes conglomerados empresariais nos impõe. Agamben, “homem enclausurado, marginalizado da sociedade pelo Estado é o homo sacer”,  aquele que hoje precisa está alçando sua voz nas ruas gritando, lutando a cada dia pelo seu reconhecimento pelos seus direitos, muitas vezes apenas para não morrer, para ter um direito a sobreviver. 

Imaginávamos que, talvez, esses tempos duros tivessem ficado no passado e que não iríamos viver  novamente. Mas a atualidade nos revela que se deve sempre ficar em vigilante, sempre  alerta. É uma questão de poder, de domínio sobre o outro, a objetivação do ser.