segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

''Deprê'' de fim de ano.


John Lennon iniciou uma canção famosa da sua fase pós-Beatles com o seguinte verso: "Então é Natal / E o que você tem feito?" (Merry Christmans - War Is Over). É uma pergunta desconcertante para uma época do ano que pretende reunir e pacificar, e nos coloca diante de reflexões existenciais sobre vitórias e fracassos pessoais. Segundo especialistas ouvidos por VEJA.com, o período de Festas tem, de fato, esse poder. Em outras palavras: ao invés de encerrar uma noite de celebração abraçada a parentes e amigos queridos, muita gente termina agarrada à tristeza e auto-comiseração.

"É uma época de cobranças, em que fazemos balanços do que foi conquistado. E isso pode trazer sentimentos de fracasso, baixa autoestima e desesperança", explica Acioly Lacerda, psiquiatra da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Ele acrescenta que constatações clínicas revelam aumento de casos de depressão e tristeza nessa fase do ano. "As Festas podem funcionar como um gatilho para quem tem pré-disposição à depressão", completa o psiquiatra Ricardo Moreno, da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP).

Pular sete ondinhas na praia ou comer lentilha podem não resolver toda a questão. Mas os especialistas acreditam que há maneiras de combater a eventual "deprê de fim de ano".

Em primeiro lugar, é aconselhável evitar o rigor excessivo consigo mesmo, além de relativizar os acontecimentos recentes. "Ao invés de fazer uma lista das coisas ruins que ocorreram no ano, enumere as boas", diz Moreno. O segundo passo é lembrar o quanto se é querido pelas pessoas mais próximas - as que realmente importam. Isso ajuda a elevar a autoestima.

Um terceira dica do psiquiatra: as Festas são um momento propício para tentar resolver conflitos com familiares e amigos. "É uma ocasião em que as pessoas estão abertas para ouvir, perdoar e restabelecer vínculos afetivos", diz Moreno. "Esse sentimento gregário é inconsciente, mas é o verdadeiro espírito de Natal."

Os especialistas advertem também que é preciso tomar cuidados ao se olhar para o futuro, para o Ano Novo que chega. Isso vale especialmente para aquelas pessoas que planejam uma "revolução" a cada Réveillon. "Essa data não deve ser encarada como um marco para uma vida nova, pois isso gera um clima de euforia e ansiedade", aconselha Lacerda.

Nesse sentido, é de grande ajuda não estabelecer metas inatingíveis e prazos para a mudança - o que pode criar ambientes favoráveis à depressão. Ou seja, risque da lista de metas a ideia de perder vinte quilos, comprar a casa dos sonhos ou ser promovido a presidente da empresa se não há chances de isso acontecer. "Ter metas é bom, desde que elas sejam alcançáveis. É preciso adequar os desejos às possibilidades", afirma a psicanalista Dorli Kamkhagi, especialista em estudos do envelhecimento.

Por fim, pode-se voltar à canção de Lennon. Logo após o trecho citado na abertura desta reportagem, ele emendou: "Outro ano se encerrou/ E um novo acaba de começar." Ou seja: a despeito de nossos eventuais fracassos passados, uma nova etapa, uma nova oportunidade se abre à nossa frente.

FONTE; http://veja.abril.com.br/noticia/saude/depre-fim-ano-saiba-como-combater-depressao-natal

domingo, 14 de dezembro de 2014

AS 7 PALAVRAS DA CRUZ


Marcos 15.37. “Mas Jesus, dando um grande brado, expirou”.

Introdução: Através dos séculos ou milênios, o homem construiu muitos altares e neles sacrificou para absolver-se dos seus pecados e dos outros. Todavia, um altar foi escolhido no lugar conhecido como Gólgota (lugar duma caveira), por causa da conformação geográfica (Mateus 27.33), onde o Cordeiro de Deus “entregou-Se a Si mesmo a Deus pelos nossos pecados, como um sacrifício duma vez para sempre” (Hebreus 10.12). Jesus passou seis horas sobre a cruz e durante este tempo disse sete frases que têm significado profundo.

Quando passamos por momentos difíceis, ou enfrentamos a nossa cruz, muitas vezes falamos palavras duras e tristes, sem pensar e depois lamentamos o que dissemos por que foi num momento de dor ou raiva. Jesus, mesmo se fazendo humano, não fez isso. Foi no momento mais difícil que disse palavras maravilhosas.

O QUE JESUS DISSE NA CRUZ?

1ª PALAVRA – PERDÃO: “Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem” Lucas 23.34

Na oração de Jesus, ele expressa seu profundo amor e pede a Deus para perdoar seus malfeitores. O amor leva-nos a perdoar. O perdão tem mão dupla. Ele cura quem perdoa e quem se sente perdoado. O perdão é melhor do que dez caixas de sedativo porque alivia a angustia do coração humano. Jesus perdoou para testemunhar seu propósito ao subir à cruz e cumprir seu próprio ensinamento sobre o perdão. Quando você não perdoa fica preso, a vida não anda, é preciso perdoar para prosseguir.

Quem você precisa perdoar agora? Declare o perdão para quem te ofendeu!

2ª PALAVRA – ESPERANÇA: “Em verdade te digo hoje, que estarás comigo no paraíso” Lucas 23.43

Em meio a tanto sofrimento Jesus não perdeu o foco principal da sua missão de salvar garantir a felicidade eterna aos que são salvos. Mesmo sofrendo terríveis dores, Jesus foi capaz de dar uma palavra de esperança para quem estava ao seu lado. Quando todos o abandonaram Ele nunca abandonou seus amigos. Quantas vezes falamos palavras duras em momentos de dor e isso só piora as coisas.

Precisa de uma palavra de esperança? Jesus é seu amigo te fortalece!

3ª PALAVRA – RESPONSABILIDADE: “Jesus, vendo sua mãe perto de João, a quem amava, disse-lhe: mulher, ele é seu filho” João 19.27

Imagine o olhar de Maria para Jesus ali na cruz, quando Jesus demonstra por ela uma, preocupação familiar. Dá a entender que José já havia falecido e João tornou-se a pessoa mais próxima capaz de ajudar na sua vida espiritual. Jesus cuidou de sua mãe assumindo a responsabilidade de filho mais velho, mas sabia que a partir dali não poderia mais. Então pediu o apoio de João para ajudar sua família.

Você tem assumido suas responsabilidades? Seja responsável ao levar sua cruz!

4ª PALAVRA – HUMANIDADE: “Tenho sede” João 19.28

Aqui está o grande paradoxo: Jesus é a fonte da água da vida e tem sede. Sua sede era humana, porém, a sede maior era “buscar e salvar o perdido” e os mortos nos seus delitos e pecados (Efésios 2.1). O vinagre que deram era um líquido corrosivo, mas Jesus é a água da vida que elimina o efeito corrosivo do pecado que corrompe a vida humana. A sede revela a fragilidade humana e nos faz sentir necessidade de buscar a Deus.

Qual tem sido a sua maior fraqueza? Jesus pode saciar sua sede e suprir suas necessidades!

5ª PALAVRA – SACRIFÍCIO: “Jesus clamou: Eli, Eli lama sabactâni? Que quer dizer: Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste?” Mateus 27.46

Alguém disse que esse clamor tem duplo significado. Primeiro, foi o grito de dor como ser humano no momento em que, o caldeirão da ira de Deus, que deveria ser derramado sobre nós, caiu sobre Ele. Segundo, foi o brado de vitória pelo fato de estar cumprindo o projeto de Deus para salvar o mundo, citando o Salmo 22.1.
No momento de dor, a quem você tem clamado? Clame ao Senhor e Ele te responderá!
6ª PALAVRA – REDENÇÃO: “Está consumado!” João 19.30

Jesus cumpriu com perfeição o plano de salvação projetado por Deus, do Éden até o dia da sua ascensão ao céu. Jesus selou com seu sangue o pacto na Nova Aliança. Esta palavra “está consumado” (tetelestai) significa que sua obra está completa, como um carimbo, cuja tinta é o sangue de Cristo, para a remissão de pecados. Aquele que crer e aceitar que o sangue de Jesus Cristo foi derramado para a remissão de seus pecados, “está livre da lei do pecado e da morte” (Romanos 8.1-2).

O Deus começou em sua vida e precisa completar? Deus cumprirá suas promessas em sua vida!

7ª PALAVRA – ENTREGA: “Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito” Lucas 23.46

Ele deu um brado em alta voz citando o Salmo 31.5 e constatou-se sua morte física. A salvação é de graça, mas custou alto preço, o Cordeiro imaculado foi sacrificado por nós na cruz. Jesus não foi assassinado, Ele morreu voluntariamente e o que o matou não foram os cravos e espinhos e sim os pecados da humanidade que pesaram sobre Ele.


CONCLUSÃO: A cruz é o evangelho que o crente deve viver. Cada situação dolorosa pode ser uma ferramenta para crucificar o homem carnal e ressuscitar o ser espiritual. Se você está sendo crucificado por algo que te faz sofrer, tome sua cruz sabendo que após a crucificação vem à ressurreição. Quantas vezes temos uma sexta-feira de dor, mas depois vem um domingo quando revivemos para Deus.
Bispo Rommhel Almeida
 
Fonte :

sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

Invictus

Invictus

Autor: William E Henley
Tradutor: André C S Masini

Do fundo desta noite que persiste
A me envolver em breu - eterno e espesso,
A qualquer deus - se algum acaso existe,
Por mi’alma insubjugável agradeço.
Nas garras do destino e seus estragos,
Sob os golpes que o acaso atira e acerta,
Nunca me lamentei - e ainda trago
Minha cabeça - embora em sangue - ereta.
Além deste oceano de lamúria,
Somente o Horror das trevas se divisa;
Porém o tempo, a consumir-se em fúria,
Não me amedronta, nem me martiriza.
Por ser estreita a senda - eu não declino,
Nem por pesada a mão que o mundo espalma;
Eu sou dono e senhor de meu destino;
Eu sou o comandante de minha alma.
Copyright © André C S Masini, 2000
Todos os direitos reservados. Tradução publicada originalmente
no livro "Pequena Coletânea de Poesias de Língua Inglesa"
Fonte: http://www.casadacultura.org/Literatura/Poesia/g12_traducoes_do_ingles/invictus_henley_masini.html

segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Camões... Poesia... Amor...

Amor é fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer;


É um não querer mais que bem querer;
É solitário andar por entre a gente;
É nunca contentar-se de contente;
É cuidar que se ganha em se perder;

É querer estar preso por vontade;
É servir a quem vence, o vencedor;
É ter com quem nos mata lealdade.


Mas como causar pode seu favor
Nos corações humanos amizade,
se tão contrário a si é o mesmo Amor?